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Arco-íris sobre a Igreja de Deus

Em Maria, Deus cumpre sua promessa de aliança com o mundo.

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Redação (10/07/2020 09:15, Gaudium Press) Depois do dilúvio que inundou a Terra, Deus abençoou Noé e fez uma aliança com ele e, como sinal desta aliança eterna, pôs o seu arco nas nuvens. Com efeito, Nossa Senhora é este arco-íris, símbolo da reconciliação entre Deus e os homens. Segundo São Bernadino de Siena “Ela concilia a Igreja Triunfante com a Igreja Militante, anunciando a paz entre o Céu e a Terra. Porque foi Ela que trouxe à luz Aquele que é nossa paz: o Homem-Deus”.

Bem sabemos que esta vida é repleta de tentações, sofrimentos e perplexidades. Contudo, em meio às dores e aflições morais vemos um arco-íris: Maria Santíssima! Ela nos acompanha, ajudando-nos com seu maternal, constante e infatigável amor. E, quando nossas iniquidades irritam o Senhor e pedem vingança, Nossa Senhora intervém e Deus se lembra de sua misericórdia.

De fato, Nossa Senhora atribui-se a si mesma a imagem do arco-íris, dirigindo a Santa Brígida palavras impregnadas de materna e vigilante solicitude para com a Santa Igreja. Pronunciadas no século XIV, muito se aplicam aos conturbados dias em que vivemos.

“Eu sou este arco-íris”

Assim se expressa a Santíssima Virgem [1]:

“Eu me estendo sobre o mundo em contínua oração, assim como sobre as nuvens está o arco-íris, que parece voltar-se para a Terra e tocá-la com suas extremidades.

Este arco-íris sou Eu mesma que, por minhas preces, abaixo-me e me debruço sobre os bons e os maus habitantes da Terra. Inclino-me sobre os bons para ajudá-los a permanecerem fieis e devotos na observância dos preceitos da Igreja; sobre os maus, para impedi-los de irem adiante em sua malícia e se tornarem piores.

Mas Eu vos faço saber que, de uma parte da Terra, elevar-se-ão horríveis nuvens para obscurecer o brilho do arco radioso. Por essas nuvens entendo aqueles que levam uma vida libertina, que são insaciáveis de dinheiro como os turbilhões e abismos do mar, ou que, pelo orgulho, dissipam insensatamente a fortuna, como uma torrente impetuosa verte suas águas.

Vários, agora, entre os ecônomos da Igreja, abandonam-se a esses excessos, e seus horríveis pecados sobem até o Céu, na presença da Divindade, para estorvar minha oração, como as nuvens o fazem contra o brilho do arco-íris. Ademais, os que deveriam se unir a Mim para serenar a cólera de Deus, antes a provocam e a chamam sobre si. Tais ministros não deveriam ser exaltados na Igreja.

Promessa da Virgem Maria

Portanto, todo aquele que deseja trabalhar para que permaneça inabalável o fundamento da Igreja, e se renove essa bendita vinha que o Senhor plantou com o seu sangue, que esse se anime, e, caso se julgue insuficiente para essa tarefa, Eu, Rainha do Céu, virei a ele com todos os Anjos para ajudá-lo, extirpando as erva daninhas, arrancando as árvores estéreis e lançando-as no fogo, substituindo-as por plantas viçosas e frutíferas.

Por esta vinha, entendo a Igreja de Deus, na qual cumpre renovar a humildade e o amor divino”.

Assim, sendo pedras vivas, membros da Igreja, lembremo-nos, durante as diversas tempestades pelas quais passamos em nossas vidas, deste Arco-íris, Nossa Senhora, Reconciliadora do Céu com a Terra e o Refúgio seguro dos pecadores.

 


[1] BRÍGIDA. Celestiales Revelaciones. Madrid: Apostolado de la Prensa, 1901. p.143-144

 

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