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Pesquisa indica: Cai o número de católicos na Alemanha

Um dado que os números da pesquisa revelam: muitos católicos alemães não se identificam mais com os ensinamentos da Igreja.

Um dado que os números da pesquisa revelam: muitos católicos alemães não se identificam mais com os ensinamentos da Igreja. 

 Redação (02/07/2020 17:00, Gaudium Press) Uma pesquisa divulgada pelo site da Conferência Episcopal da Alemanha (DBK), 272.771 alemães abandonaram a Igreja Católica na Alemanha em 2019, um número 26% maior em relação ao ano anterior.

Segundo a DBK, em 2019, a Igreja Católica na Alemanha tinha 22,6 milhões de fiéis. Esses números equivalem a 27,2% da população. Em 2018, 27,7% da população alemã era composta por católicos.

Diminuem: batizados, retornos à fé, número de novos católicos

Os índices analisados pela pesquisa levam em conta que esta diminuição é também atribuível ao declínio demográfico uma vez que o número de funerais religiosos foi superior ao número de batismos no período analisado.

As estatísticas publicadas pela DBK indicam ainda que o número de novos católicos (2.330) e de católicos que retornaram à fé (5.339) diminuiu em comparação com o ano anterior.
Então, analisando todos os números trazidos a público pela pesquisa, a conclusão a que se chega é que, de fato, o número daqueles que abandonaram a fé continua a aumentar, especialmente nos últimos anos.

Falta de identidade com a Igreja

Outro dado que os números da pesquisa revelam é de que muitos católicos alemães não se identificam mais com os ensinamentos da Igreja.
E isso é particularmente acentuado com relação às questões de moralidade sexual, mas também em outras questões como o sacerdócio feminino e o celibato de padres.

O Kirchensteuer pode ser apontado como causa de queda do número de católicos?  

Analisando a situação da Alemanha e certo que não se pode deixar o possível impacto nos católicos do novo sistema de cobrança das taxas sobre o culto (a Kirchensteuer), que entrou em vigor em 2015 e foi entendido por muitos como um aumento da tributação religiosa.

Antes de 2015, de fato, a Kirchensteuer era cobrada juntamente com os outros impostos, quando o contribuinte a solicitava formalmente, enquanto agora a cobrança é realizada automaticamente e é proporcional à renda, o que levou muitos cidadãos a não mais se declararem membros da Igreja.
E é bom recordar que, nesse campo, ocorreu um declínio semelhante também na Igreja protestante.

As preocupações do Presidente da DBK, dom Georg Bätzing

O presidente da Conferência Episcopal alemã, dom Georg Bätzing, não esconde suas preocupações com essa tendência negativa: a diminuição na recepção dos sacramentos mostra “uma erosão dos laços pessoais com a Igreja”, afirmou.

Segundo o bispo de Limburgo, o declínio deve levar a Igreja a refletir, particularmente sobre sua capacidade de falar com as pessoas hoje. Depois da perda da credibilidade, ela deve reconquistar a confiança por meio da transparência e da honestidade, enfatizou. (JSG)

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