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Áustria: Médicos defendem comunhão na boca durante a pandemia

Um grupo de 21 médicos escreveu para a Conferência Episcopal expressando as razões técnicas sanitárias à favor da comunhão na boca.

Comunhão eucarística

Áustria – Viena (18/06/2020 14:31, Gaudium Press) Um grupo de 21 médicos católicos escreveu uma carta à Conferência Episcopal da Áustria para recordar que, do ponto de vista da saúde, administrar a comunhão na boca é a maneira mais segura de impedir a propagação da Covid-19. Os profissionais esperam que seus escritos ajudem a permitir essa maneira de administrar a Sagrada Comunhão durante a contingência.

A comunhão na boca é a forma mais segura

Os médicos citaram a opinião do professor Filippo Maria Boscia, Presidente da Associação Italiana de Médicos Católicos, que declarou em maio que “como médico, estou convencido de que a comunhão nas mãos é menos higiênica e, portanto, menos segura do que a comunhão oral. O certo é que as mãos são as partes do corpo mais expostas aos patógenos”.

Comunhão

Além deste parecer, os médicos austríacos analisaram diferentes maneiras de administrar o Sacramento a partir de uma perspectiva sanitária. Quando o sacerdote administra a Sagrada Comunhão, já lavou suas mãos de acordo com o rito. “Após a mudança (transubstanciação), ele mantém o polegar e o indicador, que havia previamente lavado em um ritual com água, fechados até depois da comunhão, que nada toca exceto a Hóstia consagrada”, descreveram. Também recordam que é uma experiência comum para os sacerdotes não ter contato com a boca dos fiéis ao administrar a Sagrada Comunhão.

O risco de infecção é maior quando se recebe a comunhão na mão

Outra forma de prevenção que os costumes católicos já apresentam é a diferença de altura entre o sacerdote e o fiel, se este último se ajoelha para receber a Eucaristia. No caso da comunhão na mão, “o doador e o receptor estão no mesmo nível e o risco de infecção é maior”. Também destacam que, neste caso, “as mãos do receptor tocaram anteriormente muitos outros objetos”.

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Os médicos pediram para que a comunhão na boca não seja restringida no país por conta da pandemia de coronavírus. Para tal, afirmam que outras Conferências Episcopais, como a da Suíça, não regulamentaram a maneira pela qual os fiéis recebem a Sagrada Comunhão. Também afirmaram que as disposições da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos consagram o direito dos fiéis de receber a Eucaristia na boca, sem que se mencione exceções como poderiam ser as epidemias. (EPC)

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