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“Igrejas devem poder reabrir com tanta segurança quanto outros serviços essenciais”, diz grupo de médicos católicos

“Não encontro, em nenhuma razão científica clara, o motivo pelo qual preparar alimento para mil pessoas em um restaurante seja mais seguro do que permitir os católicos de frequentarem a Missa”, afirma um dos doutores.

Catholic Medical Association

Estados Unidos – Washington (27/05/2020 16:00, Gaudium Press) Um grupo de médicos católicos de alguns dos principais hospitais e universidades de pesquisa dos Estados Unidos publicou um estudo no site da Catholic Medical Association defendendo a reabertura das igrejas.

De acordo com o documento, após permanecerem por mais de dois meses fechadas por conta da pandemia do coronavírus, as igrejas devem poder reabrir “com tanta segurança quanto outros serviços essenciais”.

“Acredito que as igrejas podem ser igualmente seguras, e em alguns casos até mais seguras do que as chamadas ‘empresas essenciais’, desde que tomem as precauções recomendadas”, garantiu o Doutor Anushree Shirali, nefrologista da Universidade de Yale, instituição que, desde o início da pandemia, tem tratado pacientes com coronavírus.

Dra. Anushree Shirali e Dr. Andrew Yang da Escola de Medicina de Yale e Dr. Paul Krogstad do Departmento de Medicina da UCLA.

Práticas mais seguras

A ideia do documento surgiu como forma de oferecer orientações aos católicos e profissionais de saúde que desejam ajudar seus Bispos a desenvolver “práticas mais seguras” com base nos melhores e mais atuais estudos médicos sobre o coronavírus.

Os autores do estudo (formados em Yale, Columbia, UCLA e Mayo Clinic) questionam a ideia de que as igrejas apresentam riscos maiores para a propagação do vírus e enfatizam que as igrejas devem ser consideradas parceiras essenciais na reconstrução da sociedade após a pandemia. “Há razões para acreditar que as igrejas podem fazer um trabalho ainda melhor protegendo as pessoas do que outras instituições da sociedade”, diz o documento.

“Não encontro, em nenhuma razão científica clara, o motivo pelo qual preparar alimento para mil pessoas em um restaurante seja mais seguro do que permitir os católicos de frequentarem a Missa”, disse o Doutor Andrew Wang, um imunobiologista de Yale que está ajudando a orientar a pesquisa clínica sobre o vírus.

Basilica of the National Shrine of the Immaculate Conception

Os sacramentos são de importância vital

Os médicos também argumentaram que os sacramentos e o ministério da Igreja são de vital importância, pois a sociedade americana busca o retorno para alguma aparência de normalidade.

Segundo os doutores, além dos perigos médicos do COVID-19, há também as conseqüências psicológicas do “estresse e ansiedade” causadas pelo desligamento da economia e incerteza sobre o futuro.

“Sobretudo agora, como as pessoas estão passando por muita ansiedade, e problemas psiquiátricos decorrentes do isolamento, é importante que a comunidade da Igreja esteja lá para eles, que a fortificação que obtemos ao participar dos sacramentos esteja disponível, então que a Igreja possa ajudar nesta crise global, como em todas as outras crises globais anteriores a esta”, concluiu o Doutor Andrew Wang. (EPC)

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