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No contexto da pandemia do Covid-19, Papa reflete sobre a Ascensão do Senhor e a Missão

“Celebramos a Ascensão como uma festa e, todavia, ela comemora a despedida de Jesus dos seus discípulos e deste mundo”, destacou Francisco em Mensagem a missionários.

“Celebramos a Ascensão como uma festa e, todavia, ela comemora a despedida de Jesus dos seus discípulos e deste mundo”, destacou Francisco em Mensagem a missionários.

Cidade do Vaticano (22/05/2020 10:34, Gaudium Press) Em Mensagem enviada aos membros das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em 21 de maio, a propósito da Assembleia Anual das POM, o Papa Francisco teve ocasião de refletir sobre a Festa da Ascensão.

Francisco sugeriu em sua Mensagem que a festa da Ascensão do Senhor fosse vivida,  “nestes tempos inimagináveis” causados ​​pela pandemia do covid-19, como uma celebração “mais fecunda em sugestões para o caminho e a missão de cada um de nós e de toda a Igreja”.

O Papa recordou que “celebramos a Ascensão como uma festa e, todavia, ela comemora a despedida de Jesus dos seus discípulos e deste mundo”: o Senhor eleva-Se até ao Céu, enfatizou, recordando ainda que “a Liturgia oriental descreve a maravilha dos anjos ao verem um homem que sobe, com a sua carne, para a direita do Pai)”.

Cristo vai subir aos Céus e os discípulos perguntam-lhe se Ele iria, então, a restaurar o Reino de Israel

Enquanto Cristo se preparava para ascender ao céu, comenta o Pontífice, um fato chama a atenção: os discípulos pareciam “não ter ainda entendido o que aconteceu, mesmo agora que Cristo está prestes a subir ao Céu; está para dar início à realização do seu Reino, e eles ainda se perdem atrás das suas conjeturas. Perguntam-Lhe se é agora que vai restaurar o Reino de Israel”.

Jesus sobe aos Céus: os discípulos, em vez de ficarem tristes, voltam para Jerusalém com grande alegria

No entanto, “quando Cristo os deixa, em vez de ficarem tristes, voltam para Jerusalém – como escreve Lucas– ‘com grande alegria’. Isto seria estranho, se algo não tivesse acontecido pelo meio. Efetivamente, Jesus já lhes prometeu a força do Espírito Santo, que descerá sobre eles em Pentecostes”.

A vinda do Espírito Santo “é o milagre que muda a situação. E tornam-se mais seguros, quando confiam tudo ao Senhor. Estão cheios de alegria. E a alegria neles é a plenitude da consolação, a plenitude da presença do Senhor”.

O Papa também explica que São Paulo, em sua carta aos Gálatas, assinala que “a plenitude da alegria dos Apóstolos não é efeito de emoções que deleitam e os fazem rejubilar; mas trata-se duma alegria transbordante que só se pode experimentar como fruto e dom do Espírito”. “Receber a alegria do Espírito é uma graça; e é a única força que podemos ter para pregar o Evangelho, confessar a fé no Senhor”, assinalou o Papa Francisco.

Traço que pode tornar fecunda a missão: “Fé é testemunhar a alegria que nos dá o Senhor”

O Papa continuou: “Fé é testemunhar a alegria que nos dá o Senhor. Alegria assim, uma pessoa não a pode conseguir só por si mesma.
Antes de partir, Jesus disse aos seus discípulos que havia de lhes mandar o Espírito, o Consolador.
E de igual modo deixou entregue ao Espírito também a obra apostólica da Igreja ao longo da história até ao seu retorno”.

Ascensão e Pentecostes transmitem a Missão da Igreja: ser obra do Espírito Santo

Segundo Francisco, o mistério da Ascensão, “juntamente com a efusão do Espírito em Pentecostes, imprime e transmite para sempre à missão da Igreja o seu delineamento mais íntimo: o de ser obra do Espírito Santo, e não consequência das nossas reflexões e intenções”.

“Este é o traço que pode tornar fecunda a missão e preservá-la de qualquer suposta autossuficiência”, concluiu o Papa Francisco. (JSG)

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