A Igreja não pode administrar os Sacramentos por meio de tecnologia, adverte Arcebispo
Dom Ignatius Ayau Kaigama recorda que a tecnologia não pode substituir o encontro presencial entre um ministro de Deus e os fiéis na administração dos Sacramentos.
Nigéria – Abuja (11/05/2020 17:00, Gaudium Press) O presidente da Conferência Episcopal da África Ocidental e Arcebispo de Abuja (Nigéria), Dom Ignatius Ayau Kaigama, ressaltou, em entrevista à ‘Nigeria News Agency’, que “a Igreja não pode administrar os Sacramentos por meio de tecnologia moderna ou por procuração”.
Apesar de reconhecer os benefícios da tecnologia, o prelado explicou que ela não pode substituir o encontro presencial entre um ministro de Deus e os fiéis na administração dos Sacramentos. Não se pode casar pelo Skype, por exemplo.
O Arcebispo de Abuja recordou que os fiéis podem ter acesso à maior parte dos Sacramentos nas igrejas, desde que seja mantido o distanciamento social e se respeitem as regras fundamentais para evitar a propagação do coronavírus. Além disso, os sacerdotes podem,
rezar pelos enfermos ou administrar a Unção dos Enfermos.
Igreja ajuda no combate ao coronavírus
Dom Kaigama exortou os religiosos e as empresas a colocarem à disposição estruturas de saúde para apoiar a luta contra o coronavírus. A Conferência dos Bispos Católicos da Nigéria disponibilizou 435 hospitais e clínicas para o governo local contra o Covid-19.
“A Igreja Católica tem os hospitais, a experiência e a capacidade de enfrentar uma mobilização nacional que é uma expressão de solidariedade com aqueles que se sentem ameaçados pelo vírus”, destacou o Arcebispo nigeriano.
“Demonstramos preocupação, unidade de intenção e compromisso na luta contra a doença e esperamos que outros façam o mesmo”, afirmou, destacando que a equipe médica e paramédica deve estar equipada com equipamentos de proteção individual adequados e suficientes. Neste sentido, pediu um maior comprometimento por parte do governo e a criação de centros de isolamento adequados para pacientes em recuperação.
Concluindo, o presidente da Conferência Episcopal sublinhou que essa nova situação exige disciplina e esforço coletivo e exortou a todos para que observem as medidas estabelecidas pelas autoridades civis. (EPC)
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