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Páscoa da Ressurreição: festa de alegria e confirmação da divindade de Jesus

A Ressurreição tem suma importância para os cristãos: “seja para nós dia de alegria e felicidade” é a festa da confirmação da divindade Jesus Cristo.

A Ressurreição tem suma importância para os cristãos: “seja para nós dia de alegria e felicidade” é a festa da confirmação da divindade Jesus Cristo.

Redação (Quinta-feira, 09-04-2020, Gaudium Press) A Páscoa da Ressurreição tem capital importância para os cristãos. Ela é a maior festa da Cristandade, a mais antiga, e o centro de todas as outras. A Páscoa do Senhor é solene, majestosa e entranhada de júbilo: “Esse é o dia que o Senhor fez, seja para nós dia de alegria e felicidade” (Sl 117,24).
São Paulo Apóstolo ressalta com muita clareza o valor desse grandioso acontecimento: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé” (1 Cor 15,14).
Na celebração litúrgica da Páscoa da Ressurreição, essa alegria é prolongada pela repetição da palavra “aleluia”, pelo branco dos paramentos e pelos cânticos de exultação. Com razão dizia Tertuliano: – “Somai todas as solenidades dos gentios e não chegareis aos nossos cinquenta dias de Páscoa”.

Ressurreição: maior prova da divindade de Jesus

Contemplando com alegria a Ressurreição do Senhor, o triunfo de Jesus Cristo ressuscitado, somos levados a recordar as palavras do Evangelho de São João: “Tenho o poder para entregar a minha vida, bem como para a reassumir” (Jo.10,18). Aqui encontramos a maior prova da divindade de Jesus.

Com efeito, nunca ninguém profetizou seu próprio retorno à vida terrena. Menos ainda, aconteceu de alguém operar por seu próprio poder esse milagre tão acima da natureza criada:
Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou, porque não era apenas homem, mas também Deus.  (Leia mais sobre a Ressurreição do Senhor)

É certo que a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo consistiu na separação da alma e do corpo, como na morte dos outros seres humanos. Contudo, a divindade estava de tal modo ligada ao homem Cristo, que, apesar da alma e do corpo terem se separado, a própria divindade sempre esteve unida ao corpo e à alma d’Ele de um modo perfeitíssimo. É necessário, pois, que creiamos não apenas que Ele se fez homem e que morreu para nossa Redenção, bem como que ressurgiu dos mortos.


São Tomás de Aquino e a Divindade de Jesus

Para confirmar essa afirmação recorramos a São Tomás de Aquino. Ele a completa: “…e a divindade do Verbo jamais se separou nem da sua alma, nem do seu corpo. Por isso, o corpo reassumia a alma e o corpo, quando queria!
Quando professamos a nossa fé, rezando no Credo, ressuscitou … e não, foi ressuscitado, como se o fosse por outro, é porque Jesus Cristo por sua própria força entregou a alma, reassumindo-a também, por força própria! Então, podemos ler nos Salmo 3, 6… ‘adormeci, e estive sepultado no sono e levantei-me’”. (1)
Outra diferença ainda entre a Ressurreição de Cristo e a dos outros, é devido ao tipo de vida para a qual o morto ressuscitou. Quando Lázaro, por exemplo, foi ressuscitado, retornou para a mesma vida de antes –vida terrena e corruptível–, ao passo que Cristo ressuscitou para vida gloriosa e incorruptível.

(Fonte: Mons. João Scognamiglio Clá Dias, in “Revista Arautos do Evangelho”, abril 2002)

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(1) Santo Tomás de Aquino. Exposição sobre o Credo. São Paulo: Loyola, 2. ed., p. 54-55.

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