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Epifania…

Redação (Quinta-feira, 03-01-2020, Gaudium Press) Para os católicos, a Epifania significa a festa da manifestação de Jesus Cristo aos três Reis Magos.

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Epifania manifestação de Jesus Cristo
aos três Reis Magos.
Foto Arquivo Gaudium Press

Mas a epifania pode ter outra interpretação: uma epifania é o momento em que uma grande ideia ou lampejo ocorre a alguém.

Ambos os sentidos encontram a sua raiz no verbo grego que significa “revelar”.

Para nós católicos, “A Epifania”, com maiúsculas, é o fato de que Deus se revela ao mundo no Menino Jesus.
Todas as outras epifanias são pálidas, sem luz, se comparadas com esta.

Evangelho de São Mateus

Em seu Evangelho, São Mateus narra a Epifania com riqueza de detalhes, lançando mão de outras pequenas epifanias ou revelações que adicionam beleza ao evento principal.

Recomendo-lhe: leia esse trecho do Evangelho.

Sobre qual dos detalhes que ele traz poderíamos falar?

Vamos ver algo sobre o rei Herodes que é citado no Evangelho?

-Herodes representa os poderes civis do mundo. Ele ficou obviamente perturbado com a profecia e teve medo de perder o seu poder.

Por isso, ele quis matar o Rei dos Reis.

Lamentavelmente, ainda vemos, hoje em dia, manifestações desse tipo a cada hora, o tempo todo em todo o mundo, por parte das autoridades civis que tentam matar o Evangelho.

E a manifestação da Estrela de Belém?

A estrela de Belém percorria o céu, era visível para todos aqueles que procuravam o conhecimento (a verdade), ela serve para nos lembrar que ontem e também hoje Deus sempre guia todos para Si.

Vivemos num mundo em que as pessoas tantas vezes pensam que a verdade está no fundo delas mesmas.

Embora a reflexão sobre si próprio seja muitas vezes uma coisa boa, o fato concreto é que as pessoas, ultimamente, precisam olhar mais para fora delas mesmas.

Olhar para o céu a fim de poder conhecer uma realidade que está fora delas mesmas: Deus brilha para quem olha para cima, para quem olha para a “Estrela de Belém”…

Qual a lição dos Reis Magos?

E os Reis Magos?

-Esses gentios (ou seja, não judeus) são para nós um sinal de que, através do nascimento de Jesus, o relacionamento especial de Deus com os judeus estava sendo estendido a todo o mundo.

Aqueles reis, sábios porque honestamente procuravam a verdade mesmo que ela desafiasse as suas crenças antigas, se ajoelharam diante do Rei dos Reis em adoração.

Ao fazerem isso, eles nos deram o exemplo de como procurar pelo Senhor e de como comportar-nos em Sua presença.

O que manifestavam os presentes?

E os presentes dos Reis Magos, o ouro, o incenso e a mirra?

-Esses três presentes que nos levam a entender que eles eram três, mesmo que o número deles não seja explicitado, nos indicam, contudo, de quem se tratava aquele recém-nascido, quem era realmente aquela criança.

O ouro significa que Ele é rei; o incenso significa que Ele é sacerdote e intercede junto a Deus em nosso favor; e a mirra, especiaria usada no embalsamamento, atesta que aquele menino, que era Jesus, sofreria e morreria pelos nossos pecados. Mas disso tudo nós já sabemos.

O que mais pode ainda manifestar a Epifania?

Nós também teríamos presentes a dar ao Menino Jesus?

-Deus nos deu o maior de todos os presentes, já que nos entregou o Seu Filho; e nós, assim como os Reis Magos, faríamos muito bem se desejássemos retribuir esse tão grande presente.
Jesus não necessita de nossos presentes. Mas nós é que precisamos presenteá-lo para crescermos em nosso relacionamento com Ele.

Na falta de ouro, do incenso e da mirra, que, normalmente, não são encontrados no comércio e nos supermercados o que podemos oferecer como retribuição a Nosso Senhor?

Poderíamos dar a Ele coisas materiais que equivaleriam ao ouro do Reis Magos. Seria um ato de desapego que lembraria que tudo o que temos pertence ao Rei dos Reis.

Podemos dar a Ele as nossas orações que corresponderia ao incenso dos Reis Magos. Seriam orações tanto por nós mesmos quanto pelos outros. Com isso estaríamos lembrando que o importante é ter a alma elevada a Deus, falando com Ele, constantemente. Seria uma bela retribuição para um Deus que nunca nos esquece.

E como retribuir a Deus com algo que lembrasse a mirra dos Reis magos?

-Com alegria, vamos retribuir a Ele com a mirra de que dispomos: nossos sofrimentos, aflições e apreensões.

Vamos recordar que, apesar de ser verdade que nós sofremos neste mundo, esta retribuição nos deixa alegres, pois o peso da retribuição não nos deixa acabrunhados e amargurados porque, saber imitar amorosamente Cristo na Cruz, transforma as dores em esperança. (JSG)

 

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