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Relatos da História de São João Bosco

Redação (Sexta-feira, 31-01-2020, Gaudium Press) Não há um canto do mundo, por mais distante que seja, onde não tenham chegado os efeitos benévolos da obra de São João Bosco.

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Visitava os pobres, os doentes nos hospitais, os presos nos cárceres.
Cuidava dos jovens com atenção especial.
Foto: Salesianos

Seus filhos Salesianos tornaram-se missionários fecundos e levaram por todo o mundo a palavra de Deus, a espiritualidade e o carisma de seu Santo Fundador.

Apesar desse fato, por vezes, a história de São João Bosco não é conhecida por muitos.

Para os que conhecem sua história, vamos rememora-la; para os que não a conhecem narraremos relatos de fatos dignos de serem sempre recordados na história desse extraordinário Santo.

Nascimento e infância

João Bosco era filho de Francisco Bosco e de Margarida Occhiena, simples aldeões de Murialdo, lugar situado na província de Turim, onde o anjo da família salesiana nasceu a 15 de agosto de 1815.

Aos dois anos, morreu-lhe o pai e, Margarida encarregou-se da educação do filho, inspirando-lhe a sobriedade, o amor ao trabalho e o gosto da oração.

Ansioso de instrução, senhor de ótima memória e de grande espírito de observação, ajudado pelo cura da paróquia Padre Calosso, que lhe administrou algumas lições de gramática. João foi crescendo em ciência a pouco e pouco.

Escolha do futuro

Eis que chegou ao jovem o momento de escolher a carreira que devia seguir.

Como não podia deixar de ser, João Bosco não titubeou em abraçar o sacerdócio.

Inicialmente, propenso a se unir aos franciscanos, desistiu do intento, a conselho do confessor, Padre Cafasso, diretor do instituto de São Francisco.

Uma Grande Obra se inicia

Em outubro de 1835, principiou sua obra de apostolado. Visitava os pobres, buscando-os pelas ruas, os doentes nos hospitais, os presos nos cárceres. E, achando que tal ministério lhe daria maiores frutos se entrasse no instituto do Padre Cafasso, assim fez.

São João Bosco ia iniciar brevemente o seu Oratório Salesiano. Um dia, o sacristão de São Francisco expulsava da igreja, brutalmente um menino desconhecido e João, o futuro pai de incontáveis órfãos, compadecido, tomou-lhe a defesa.

O pequeno, chamava-se Garelli, e, desde aquele dia, 8 de Dezembro de 1841, deu de ir ao Padre João Bosco para dele receber lições de catecismo.

Não demorou muito, vários amiguinhos passaram a acompanhar o pequeno Garelli. E, em Fevereiro, vinte deles enchiam, a sacristia de São Francisco.

Nomeado diretor do instituto de Santa Filomena, era o ano de 1844, São João e o abade Borel ocuparam-se de um asilo que a marquesa Barolo havia fundado.

Ali, trezentas crianças viviam apertadamente.

Deixando o orfanato, pouco depois, João Bosco, que estivera bem doente e fora curado por um milagre, desde então, passou a se consagrar exclusivamente à obra bem amada, sem mais recursos que a fé que em Deus depositava.

Que devotamento! Quanta luta! Quão grande a falta de dinheiro! Que heroísmo, que persistência e que confiança na Mãe de Deus!

Graças à generosidade de pessoas caridosas, em 19 de Fevereiro de 1851, uma casa fora adquirida e uma igreja construída. E o número de crianças crescia.

Tratando-se de crianças, São João Bosco estava sempre atento, dia e noite, procurando preservá-las do mal, dos sofrimentos, levando-as ao bom caminho.

Com sua paternal bondade, com uma doçura que lhe fora sempre característica, João Bosco cuidava de tudo; desde a saúde do corpo até o desenvolvimento das infantis inteligências, trabalhando febrilmente, com os olhos voltados para Maria Auxiliadora, para o aperfeiçoamento das almas daqueles que desejava sempre inocentes.

E os pequenos, confessando com frequência, e com frequência comungando, assistiam à santa missa todos os dias.

Inicia-se a Sociedade Salesiana

Em 1857, reuniu São João Bosco numa comunidade religiosa padres e clérigos formados por seus desvelos e lhes deu uma regra.
Estava fundada a Sociedade Salesiana, que o Papa Pio IX aprovou em 1874.

São João Bosco, com a obra das vocações sacerdotais, deu à igreja mais de dez mil padres, e por todo o mundo espalharam-se os seus oratórios: no Tirol, na Sicília, na França, na América.

Em Paris, era queridíssimo, e o povo, quando lá esteve, recebeu-o festiva, reverentemente.

Em 1887 sentiu que chegara ao fim da vida. Era dezembro, e pôs-se a redigir uma circular sobre as obras salesianas.

E a 31 de Janeiro, rodeado da família religiosa, o venerável Padre, o pai de uma infinidade de órfaozinhos, consolado pelos sacramentos da igreja, docemente, entregava a alma a grande alma, a Deus.

Turim, propiciou-lhe funerais magníficos. E a multidão, sem cessar, repetia, contrita e convicta:

– Dom Bosco é santo! Dom Bosco é santo!

São Vicente de Paulo da Itália

Ainda em vida, São João Bosco foi denominado o São Vicente de Paulo da Itália, e o povo a ele atribuía um sem número de milagres.

Com efeito São João Bosco soube realizar milagres no exercício da caridade. A obra mesma do santo homem foi verdadeiramente miraculosa.

Pio IX dizia a um doente ansioso por se ver curado:
– Se desejas um milagre, dirigi-te a Dom Bosco, padre de Turim. O que ele faz é um verdadeiro milagre, e não admirarei nem um pouco se operar outros mais.

 

Fonte: Padre Rohrbacher
(in “Vida dos Santos”, Volume II, p. 311 à 314)

 

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