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Dia Mundial do Enfermo: a Igreja missionária no mundo do sofrimento

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 11-02-2019, Gaudium Press) Na memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, -11 de fevereiro-, a Igreja celebra o Dia Mundial do Enfermo.

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Esta comemoração foi instituída pelo Papa João Paulo II, em 1992.

A intenção do Papa era de que este fosse um “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de chamado para todos a reconhecerem no rosto de seu irmão doente, a Santa face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, alcançou a salvação da humanidade “, conforme se diz na Carta que instituiu o Dia |Mundial do Enfermo, em 13 de maio de 1992, no seu n. 3.

Exemplo da Igreja

A Igreja dá o exemplo quando “reconhece no rosto de seu irmão doente, a Santa face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, alcançou a salvação da humanidade ” em todo o mundo, em lugares muitas vezes hostis.

É um fato histórico que o primeiro hospital estruturado como tal tem sua origem na Igreja.

Hoje em dia, a inspiração religiosa no cuidado com os doentes continua. Nas chamadas terras de missão, o trabalho da Igreja é muitas vezes silencioso, porém seus missionários ajudam a levar esperança onde é grande o desespero e sofrimento: eles “reconhecem no rosto de seu irmão doente, a Santa face de Cristo”…

Os missionários levam a Boa Nova do Evangelho e com ela instalam também pontos de assistência à saúde nos lugares mais distantes e de difícil acesso.

São dispensários, clínicas e hospitais que nasceram e continuam a surgir e a operar nesses lugares remotos e esquecidos do mundo: um trabalho de missionários e voluntários animados pelo espírito evangélico.

… no rosto do irmão doente, a Santa face de Cristo.

Há missionários que agem individualmente, porém, na Igreja surgiram Ordens e Congregações com o carisma de atuar no campo da saúde, “reconhecendo Cristo na face do doente”.

As principais e mais conhecidas Ordens religiosas nasceram com o intuito de se dedicarem aos irmãos no campo da nos territórios de primeira evangelização, estão os Ministros dos Enfermos, conhecidos como “Camilianos”, as Ministras dos Enfermos de São Camilo, a Ordem Hospitaleiros de São João de Deus, conhecidos como “Fatebenefratelli, as missionárias e os missionários Combonianos, os missionários e missionárias da Consolata, os Xaverianos e Xaverianas, os Rogacionistas, as Filhas do Divino Zelo, os Capuchinhos, as Dominicanos, os missionários do PIME, os Salesianos e Salesianas, as missionárias da Caridade …

Se somarmos a estas instituições os missionários que atuam individualmente quando as necessidades de saúde surgem, teremos uma multidão de abnegados que amam o próximo por amor a Deus e fazem tudo por eles.

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Testemunhos de Caridade e Heroísmo

A ação dos missionários que, além de se dedicarem à saúde das almas, dedicam-se também à saúde do corpo, está recheada de testemunhos de caridade, dedicação e amor que geraram verdadeiros atos de heroísmo.

Nesta história não faltam ações missionárias de religiosos e religiosas que diante da emergência, preferiram sacrificar suas vidas em vez de abandonar as pessoas que assistiam.

Recordemos, como exemplo mais recentes, o testemunho da família religiosa dos Fatebenefratelli: em 2014 perdeu na Libéria e na Serra Leoa quatro irmãos, uma religiosa e treze colaboradores dos hospitais.

Ainda é recente o heroísmo de religiosos missionários que em Monróvia e Lunsar, contraíram o vírus ebola, enquanto cumpriam seu generoso compromisso caritativo de cuidar dos doentes.

Lembremos ainda daquelas seis missionárias italianos das Irmãs “delle Poverelle” de Bergamo. Elas faleceram no Congo em 1995, após contraírem o vírus Ebola.

Elas não abandonaram seu campo de missão. Ali quiseram permanecer, antes que abandonar pessoas sem cuidados de saúde.

Números que impressionam

Segundo o último Anuário Estatístico da Igreja, os Institutos de caridade e assistência administrados pela Igreja incluem:

5.287 hospitais, com maior presença na América (1.530) e África (1.321);

15.957 dispensários, principalmente na África (5.177), na América (4.430) e Ásia (3.300);

610 leprosários distribuídos principalmente na Ásia (352) e na África (192);

15.722 casas para idosos, doentes crônicos e pessoas com necessidades especiais, principalmente na Europa (8.127) e América (3.763);

9.552 orfanatos, a maior parte na Ásia (3.660);

11.758 Jardins de Infância, com maior número na Ásia (3.295) e na América (3.191);

13.897 centros de aconselhamento matrimonial, principalmente na Europa (5.664) e América (4.984);

3.506 centros de educação ou reeducação social e 35.746 instituições similares. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações FIDES)

 

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